Sun 3

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

The Vanishing Witch

 Inglaterra 1359
A viúva Catlin chegou com os seus dois filhos e criada a Lincoln, herdou bens do falecido marido e procura Robert of Bassingham, um mercador rico, para a aconselhar a investir.Robert fica logo embeiçado pela alegre viúva, chegando a esquecer-se da sua própria mulher e filhos. Catlin tem já cerca de 40 anos, não é uma beleza, mas tem o poder da sedução e da simpatia. Edith , esposa de Robert, adoece entretanto, e aí o mercador leva Catlin e os filhos desta para dentro da sua própria casa. A partir daqui, a vida de Robert começa a andar para trás, a morte e a bruxaria, têm agora uma palavra dentro da sua casa, as mortes macabras sucedem-se. Beata, a criada da casa e conselheira da falecida  Edith, não gosta de Catlin, e gosta ainda menos dos filhos desta, Leonia é estranha, tem 13 anos mas é bizarra, Edward tem mais de vinte e é um inútil.

Entretanto Guntar, um dos barqueiros de Robert, transporta dentro do seu bote, um frade misterioso e desfigurado, parece a morte, está todo retalhado. Guntar vive com a mulher e 3 filhos na margem do rio, vivem em extrema pobreza. Porém os emissários de Ricardo III, avisaram o povo de que os impostos iriam aumentar.

Uma excelente leitura, sem dúvida, um thriller medieval passado no reinado de Ricardo III. O livro está excecionalmente bem estruturado, a história é fabulosa, pois cada página virada é uma surpresa, e o suspense não só aumenta, como é uma constante até à última página. Tenho a salientar que um dos narradores é..um fantasma. Aprende-se imenso, a escrita é de grande qualidade e viciante, a trama é de tirar o fôlego. 5 estrelas (ou mais)

Insónia

Parker Chip, um jovem de 16 anos, há 4 anos que não dorme, em vez disso sonha os sonhos da última pessoas que ele olha nos olhos. Entretanto conhece Mia, que tem sonhos bons e Parker consegue finalmente descansar. Mas Mia torna-se para ele uma obssessão, como se não bastasse, algo começa a perturbar os sonhos de Mia. 
 
 
Uma leitura entediante, para não dizer medíocre. A escrita é péssima, a tradução ...nem vou comentar.Quem lê a sinopse fica interessado, claro que fica, mas depois o tema é mal explorado. A estrutura é fraca, a ação é inexistente,  suspense não há. O leitor não tem motivo para passar para a folha seguinte, nada aqui é apelativo, é mais uma  historieta de teenagers com problemas, e como disse anteriormente a escrita não vale nada. 1 estrela, foi péssimo.

domingo, 25 de outubro de 2015

The Mime Order

Paige e os outros mediums conseguiram escapar de Sheol I, a prisão dos clarividentes, uns morreram , outros voltaram a Londres. Reina a confusão,estão com medo dos vigilantes e dos Rephaim, pois mais cedo ou mais tarde alguém os virá reclamar. Paige sente que algo está muito errado, quer contar a todos o que se passou em Oxford. Foram torturados, espancados e escravizados, é urgente avisar os outros sindicatos acerca do Inimigo..os Rephaim. Tenta reunir uma assembleia mas ninguém quer saber. Não acreditam que possa haver uma raça de 'aliens'...entretanto os sindicatos preparam-se para mais uma scrimage, uma celebração para eleger o novo Underlord, uma vez que assassinaram o anterior...
 
A autora deu seguimento à história, mas esta leitura foi um pouco mais lenta e com partes mortas. Não houve grande progressão dos personagens, nem grande progressão da trama. A escrita é correta, mas não magnífica, e mais uma vez tudo foi deixado para o fim, ficando o leitor num cliff hanger. A história contudo, prende o leitor e é muito interessante, vou esperar pelo 3º livro. 4 estrelas

A Estação dos Ossos - Bone Season

 Londres 2059

Londres tem agora vários grupos e sindicatos do 'submundo', os sindicatos dos videntes, médiuns, cartomantes, oráculos etc, conhecidos por pessoas não naturais. A SciOn abriu caça a estes individuos, pois dedicavam-se a atividades não muito legais. Paige Mahoney uma dreamwalker, portanto com um estatuto bastante elevado no seu grupo, decide ir de comboio até casa de seu pai, mas é apanhada pelos vigilantes, conseguiu matar dois, mas foi feita prisioneira. Quando acorda, está em Oxford, ali perto.Todos pensavam que Oxford tinha sido totalmente destruída e incinerada, mas não, era um pretexto para ali estar estabelecida uma colónia de mediums, que serviam de escravos a um povo mitológico...os rephaim, os gigantes míticos da Biblia, do livro de Enoch e da epopeia de Gilgamesh....

Uma grande leitura, com personagens únicos e com uma história inédita. Muito bem estruturada e muito bem conduzida. Mais uma escritora a aproveitar a mitologia, para escrever um épico de grande qualidade. As descrições são fabulosas,não há triângulo amoroso ( thank God), e a progressão da trama é qualquer coisa de sublime. A escritora foi criticada pelo calão que usa no texto, mas tudo isso está num pequeno glossário no fim do livro. Não posso dizer muito mais, sem entrar em spoilers. 5 estrelas

O Estranhão 4

Mais uma aventura de Fred Sá. Comparando com os livros anteriores, este é um pouco mais fraco. A escrita tem menos qualidade e as histórias repetem-se à semelhança de livros anteriores. O autor utiliza frases e palavras brasileiras.
 
Muito sinceramente, não parece a mesma pessoa que escreveu os outros 3 livros. Até os temas que interessam a crianças e pais, não têm aqui grande relevância. O livro tem sempre cerca de 183 páginas, e o preço é exorbitante, acho que não vou comprar mais nenhum, este 4º foi uma decepção. 3 estrelas

domingo, 18 de outubro de 2015

The Queen of the Tearling

Kelsea Glynn é uma jovem de 19 anos, vive escondida do mundo, foi educada para ser rainha. Kelsea é uma jovem simples de aspecto, é alta, tem cabelo e olhos castanhos, tem peso a mais e não é bonita.
Barty e Carlin, seus pais adotivos, encarregaram-se da sua educação esmerada. Mas exatamente por ter completado 19 anos, a escolta chegou, a que a irá conduzir ao seu futuro reino. Depois de várias tentativas de assassinato, chega por fim a Tearling, um reino pobre, corrupto, miserável. No momento da sua chegada, é confontada com um dos horrores do reino, as jaulas dos escravos que irão ser enviadas para Mortmesne, cem pessoas são enviadas mensalmente para a rainha de Mort, a rainha maligna, a rainha feiticeira....Kelsea diz Não, não serão enviados mais escravos, e pede para libertar o povo encarcerado...

Uma leitura excelente, com uma escrita de alto nível, muito bem elaborada e estruturada. A autora desenvolve um tema politico-social, que se pode aplicar aos dias de hoje. Temas como a corrupção, pedofilia, prostituição, tráfico de drogas, religião, traição, assassinato e... magia são os ingredientes deste magnifico distópico. Uma teia extremamente complexa, onde as surpresas se sucedem e os acontecimentos não são nada previsiveis. A protagonista é uma jovem rainha espetacular como governante, como mulher é simples, feia e gorda, o que não é habitual em nenhum livro. Gostei de todos os personagens, pois as descrições são muito realistas e todos nós nos identificamos com alguns deles. No início podem achar uma leitura lenta, mas não desistam, vale a pena. 5 estrelas

sábado, 10 de outubro de 2015

O Livro de Feitiços de Deliverance Dane


Connie Goodwin é uma jovem estudante de 24 anos,  candidatou-se às provas para doutoramento na disciplina de História Colonial, frequenta a universidade de Harvard e tem provado ser uma grande investigadora. Sua mãe Grace, pede-lhe para tratar da venda da casa de sua avó, uma casa construída no século 17, na antiga vila de Salem, perto de Harvard portanto. Connie (Constance) ao limpar a casa, descobre uma Bíblia com uma chave dentro, dentro da chave sai um pequeno  papel com um nome: Deliverance Dane...


Uma grande leitura, a autora alterna o tempo presente com pequenos interlúdios do século 17 em Salem. O leitor fica a conhecer a vida e descendência de Delivery Dane, uma alegada 'bruxa' de Salem. Uma escrita simples mas muito bonita, o ritmo é  talvez um pouco lento, mas agradável de ler. Gostei de todos os personagens e do ritmo imposto à progressão dos mesmos. Sem dúvida, uma excelente maneira de começar as leituras de Halloween. 4 estrelas

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A última noite em Tremore Beach

Peter Harper, é um talentoso compositor de músicas para filmes, anúncios comerciais, etc. Encontra-se a passar umas curtas férias na Irlanda, justamente em Tremore Beach. Depois de um divórcio difícil, Peter achou que um pouco de solidão no seu país lhe faria bem. Tinha como únicos vizinhos um casal de idosos, Leo e Marie, que viviam perto dali, na outra casa junto da praia. Depois de ter sido atingido por um raio, Peter começa a ter visões estranhas e macabras. O médico acha que são ataques de sonambulismo e/ou paranoia, causados pelo relâmpago.
 
Uma leitura razoável, um pouco confusa e mal estruturada, pois o autor começa uma ideia, alonga-se com outros pormenores que nada interessam para a história, e não termina a ideia inicial. O leitor não sabe quando começam as tais visões e quando é realidade, está muito mal definido. O autor poderia ter explorado muito mais as ideias principais da trama, optando por deixar tudo para o fim, para as 2 últimas páginas. Os personagens são simpáticos, estão bem caracterizados, mas não há grande desenvolvimento dos mesmos ao longo do livro. A escrita é simples, não é grandiosa nem magnífica, mas é fluida. Gostei da história. 3 estrelas

domingo, 4 de outubro de 2015

Rainha Vermelha

Mare Barrow é uma jovem plebeia de 17 anos, vive com os pais e irmã mais nova nas barracas de Stilts, os irmãos foram recrutados para a guerra. Mare é desajeitada, não faz nada de útil, rouba nas ruas de Stilts. Gisa, a irmã mais nova de 14 anos, sustenta a família, bordando para a elite dos Prateados, seres superiores com poderes sobre-humanos. Mas oh triste destino, Mare Barrow , apesar de ser uma pebleia de sangue vermelho, fica a saber (pelas piores razões) que também ela possuí um poder devastador. De um dia para o outro, de plebeia, passa a ser 'princesa', não sabendo pois o que lhe estava destinado....


Uma grande leitura, sem súvida, surpreende pela excelente qualidade da escrita, e pelo constante suspense que a jovem escritora impõe no ritmo de leitura. A personagem principal, pouco tem de 'infantil', demonstrando até, uma perspicácia desenvolta para os seus tenros 17 anos. Não é a teenager idiota, que a maior parte dos escritores nos impinge, fazendo da fantasia , um mero romance de amor, com cenários fantasticos. Certas partes fazem lembrar Hunger Games, sem dúvida, mas se formos por aí, todos os livros nos fazem lembrar qualquer coisa que lemos para trás. 
Não há partes aborrecidas, gostei de todos os personagens, mesmo os malignos, adorei Evangeline, a rapariga que controlava os metais, letal por isso, e inimiga de  Mare. Mais uma vez, o leitor se vê perante um cenário político, onde os ricos e abastados vivem às custas do povo miserável, e por consequência é desencadeado um movimento rebelde. 4 estrelas

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

As Gémeas do Gelo

O casal Moorcraft (Sarah e Angus) está de luto, uma das suas gémeas de 7 anos de idade caiu de uma varanda relativamente baixa e morreu. Estão desvastados, só há uma coisa a fazer, vender a casa de Londres  e ir para a Escócia, para a casa na ilha de Torren, casa e ilha foram deixadas pela avó de Angus. Mas a ida para a ilha, não corre nada bem, Kirstie diz que não é Kirstie, ela é afinal Lydia, a outra gémea, mas pior ainda, os pais não as conseguiam distinguir em vida, agora que uma delas morreu, o casal não sabe qual das gémeas é a sobrevivente. Kristie fala com Lydia, diz que ela está sempre presente, na nova escola não é aceite, pais , alunos e professores não a querem lá, não querem a 'aberração' que fala com fantasmas.... 

Uma excelente leitura, o autor conseguiu (não sei como) transmitir a aflição dos pais quando perdem um filho, a aflição de uma gémea quando perde a irmã, o leitor entra literalmente no livro. O clima de suspense é constante, não há momentos parados, é uma história macabra e viciante. O leitor tem que estar atento, pois a narrativa alterna entre Sarah ( a mãe) e o narrador (autor). O leitor sente o horror daqueles pais, e da criança que ficou sem a sua 'metade'. Uma aventura pelos meandros dos sentimentos humanos, pela mentira, pela traição, pela morte, pelo sobrenatural.Como se isto não bastasse, o pano de fundo é uma ilha escocesa remota, fria, cinzenta, deserta e por isto também bela. 5 estrelas pois não posso dar mais