Sarah Grimké fez 11 anos, foi-lhe oferecida uma escrava ,Hetty ou Handful, um ano mais nova, mas com uma compleição muito franzina. Sarah não gostou, achou mal 'ser dona' de outra pessoa. Foi ao escritório do pai e tentou escrever uma alforria , a libertar Hetty dos seus serviços...
Mais uma história sobre a escravatura no sul dos States. A autora escreveu um género de diário, digamos, que me convenceu de início, mas no decorrer do livro, a história e as personagens não evoluiram, pelo contário, eram mais 'afoitas de início' e fraquejaram ao longo do livro. Sarah foi uma desistente e Hetty com as suas ideias de liberdade também não fez muito. Entre viver escrava ou morrer, eu preferia morrer.
Não entendi a amizade entre Sarah e Hetty, a autora não foi explícita. A obra foi bem encaminhada, bem conduzida, mas a espera do leitor pela tão desejada abolição da escravatura nunca aconteceu. Tal como disse anteriormente, começou bem mas terminou mal. Não entendi por que é que a mãe de Hetty se foi embora, esteve desaparecida cerca de 15 anos e não deu notícias à filha, que tinha 11 anos na altura do desaparecimento. Charlotte, ( mãe de Hetty) era uma rebelde, adorava a filha, e no entanto arriscou a vida dela e da filha para se ir encontrar e deitar com outro escravo, na cidade??????? Foi por amar tanto a sua filha que desapareceu certamente, e nunca deu notícias.
Sarah, foi uma mulher fraca e cobarde, desistiu de quase tudo, só depois dos 30 anos é que tentou fazer algo de útil pelos escravos, o que até aí nunca aconteceu, apesar das suas palavras de insurreição.
Outra coisa que também não me convenceu, foi Hetty, que com apenas 10 anos falava e portava-se como uma adulta, o seu comportamento era adulto assim como o vocabulário??? O final do livro, foi quando realmente o leitor diz para si: 'agora sim...agora é que a ação vai começar'. Mas acabou assim, num cliff hanger. 3.5 estrelas