Sun 3

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Queen of Shadows



Aelin volta a Rifthold, Rowan ficou em Wendlyn. Aedion foi preso , está encarcerado e gravemente ferido nas masmorras por baixo de castelo de vidro. A 1º prioridade de Aelin será libertar Aedion, seu primo e guardião desde a infância.

Dorian já não é Dorian, foi subjugado pelo rei seu pai e tem agora um príncipe Valg dentro de si. Chaol revelou-se um cobarde e fugiu, deixando Dorian ao seu destino.


Mais uma leitura de exelente qualidade, Maas surpreende mais uma vez. Há muito tempo que não lia uma série que me surpreendesse tanto como esta. Mass tem uma imaginação prodiginosa, as surpresas surgem a cada página virada, demonstrando uma escrita cuidada, inteligente e muitíssimo bem estruturada. Maas não deixa pontas soltas, as peças do puzzle encaixam todas em perfeita harmonia.A narrativa é  feita pela autora , mantendo os 3 plots simultâneos; a versão bruxas, a versão Aelin e a versão Dorian (agora perdido para um dos principes negros Valg).

Achei genial a autora ter ido buscar os personagens à mitologia irlandesa ( os Fae ou elfos) e as bruxas Baba Yellowlegs (Baba Yaga) à mitologia da europa de leste. A escrita é simples e fluida, mas não tem descrições maravilhosas das paisagens (ponto negativo), os Fae não sendo humanos têm muitos sentimentos humanos, o que não é original nem convincente (outro ponto negativo). Acho que as diferentes raças não humanas, são muito 'humanizadas', mas este é um problema geral da escrita fantástica, comum a todos os autores. Outro ponto  negativo na escrita de Maas: as frases com vocabulário arcaico, misturam-se com frases do século 21, portanto a escrita não é consistente. Tudo o resto é fabuloso, estou completamente viciada nesta série. 5 estrelas 



A Filha Desaparecida


As horas passam ,e Naomi não voltou do ensaio da peça teatral que está a preparar na escola. Jenny sua mãe, desespera, será que Naomi ficou em casa de uma amiga??? Jenny, médica num posto de saúde local, casada com um neurocirurgião, começa a desesperar, Naomi não voltou para casa, o dia amanheceu e Naomi não dormiu em casa...

Tendo em consideração a sinopse, tudo indicava que iria ser uma boa leitura, mas não. A autora mantém um ritmo lento e desinteressante, o livro começa com : 'um ano depois', ora, o leitor sabe logo à partida que a jovem de 15 anos não apareceu. O presente, alterna com passado e aqui não funciona, pois o presente é uma leitura aborrecida, com pormenores da vida de Jenny, que não interessam minimamente a ninguém. 

A escrita é agradável, não é magnífica nem deslumbrante, e até mantém uma 'atmosfera' escura e depressiva, porém, a autora não estruturou bem a trama, tornando-se assim uma leitura monótona e desinteressante. A história desenvolve-se muito lentamente, tendo a autora guardado tudo para as últimas páginas. Pior ainda, o leitor fica sem saber se Naomi era a tal jovem que fugiu com a caravana dos ciganos. A trama é surreal, pois uma jovem grávida de um colega de turma, não iria fugir e adotar uma vida de cigana.

Há também incoerências  na narrativa, Naomi contava tudo à mãe, então de repente deixou de contar e fugiu de casa??' A relação com o pai também era normal, portanto a família funcionava bem, e o leitor fica sem saber a razão da fuga de Naomi.
Jenny ( a mãe) na sua 'dor e preocupação' com o desaparecimento da filha, deita-se com o detetive?!! tal era o desgosto....o livro está classificado como thriller e eu pergunto, quem é que foi assassinado??? 2 estrelas.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Heir of Fire

Celaena chegou a Wendlyn, terra mítica dos Fae e das histórias  fantásticas dos trovadores. Mas a assassina vai ter que matar os reis, é para isso que lá está. Deambula pelas tavernas, mete-se em lutas e confusões, rouba para comer. Dos telhados das casas onde vive, vê o Rei, fica chocada com a sua bondade e com o amor que o povo tem por ele. Celaena pressente que alguém a observa, e quando menos espera, Rowan, um Fae, vai ter com ela e leva-a à presença da raínha dos Fae...Maeve a maldita, e sua própria tia...afinal não é mito, os Fae existem. 

Mais uma leitura excelente, Maas surpreende pela positiva, o ritmo da narrativa continua rápido e a sequência da trama é excecional. A progressão de Celaena , agora Aelin, é Brutal,  o leitor tem perfeita noção de quem ela foi, porque agiu como uma criança de 10 anos e porque se tornou na assassina que é. 

A autora mudou a estrura da trama, de um plot, passou para três, juntando agora o universo das bruxas e dragões. Assim dito parece uma história pateta e infantil mas não é, a revelação de quem Celaena é, e no que se vai tornar durante este 3º livro é brilhante. Todos os segredos dos primeiros livros são agora aqui revelados, para assim a autora 'matar Celaena' e dar vida a Aelin. O tal triângulo amoroso, ruiu, Chaol e Dorian, vão certamente ficar para trás, pois surgiu Rowan, um fae, tal como Aelin aka Celaena. A escrita não é brilhante, mas é bastante boa, as descrições das paisagens e do mundo criado são escassas, dando a autora preferência à descrição das aptidões físicas, essas sim são pormenorizadas demais , mas pronto é um mal menor. 

Pormenores da escrita :

1- tem elfos e dragões ? Sim
2- Tem um herói/ heroína jovem que vai salvar o mundo?? Sim
3- tem um poema ou carta escrito com uma letra diferente?? Sim
4- os personagens falam em vários idiomas? Sim
5- luta entre forças do bem e do mal? Sim

Parabéns, Sara Maas é uma Tolkiana. Estamos perante uma fantasia como manda a regra. 
Pontos negativos desta fantasia: os idiomas, a autora é linguísta??? percebe alguma coisa de idiomas?? Não, então não deveria ter escrita certas palavras num idioma que ninguém conhece, é ridículo e arrogante.
Raças não humanas, os Fae, ou melhor os elfos, por que é que os não humanos reagem como os humanos??? Outro ponto negativo para as fantasias, não é humano , não pode reagir como os humanos é ridículo e não tem originalidade. Foram estes os dois pontos negativos da obra, de resto adorei a história que em nada se parece com o mundo criado por Tolkien. 5 estrelas.


O Herói das Eras (parte 2)

Vin está encurralada numa cela de pedra, não pode usar a alomância. Elend está do lado de fora, a fazer o cerco à cidade de Fadrex, sabe que Vin vai conseguir fugir. 
Ruína manipula Vin, sempre manipulou, desde que ela nasceu...o brinco que ela usa é um espigão, daí ela ter o poder que tem.....



Um final brilhante para a trilogia, mais uma versão de Génesis, (um trecho da Biblia,) brilhantemente recriado e restrutruturado por Sanderson. Uma narrativa bastante complexa para ser YA. Neste último livro, o papel de Vin é mais pacífico, de qualquer maneira o seu desempenho vai ditar o destino do mundo. Elend , por sua vez, é um personagem 'dispensável', ou seja, tem um papel menor na trama, o que é genial por parte de Sanderson. Elend sendo Imperador do mundo existente, não  consegue mudar o rumo dos acontecimentos, nem tão pouco a sua existência é relevante para o que quer que seja. Perceberam o que Sanderson quis dizer, certo???

A eterna luta do bem e do mal, mas lá está, onde começa e termina o 'bem', onde começa e termina o 'mal'?? Este tema é genialmente tratado por Sanderson, não dando resposta, pois não há resposta possível.Também, fiquei sem saber quem é o Herói das Eras, o que foi mais uma vez genial por parte de Sanderson, foi Kelsier ou Vin? não sei, e na minha opinião não foi nenhum dos dois e foram os dois, esta dualidade ao longo de toda a obra é realmente brilhante. O fim de tudo é o início de outro todo, outro herói das Eras (quem sabe) já está no poleiro, para dar seguimento a mais uma 'etapa humana', e provávelmente para no fim do tempo fazer o que estes fizeram e voltar ao início dos tempos. Foi brilhante, Sanderson é Brilhante. 10 estrelas.

O Som do Silêncio

Yasmin e sua filha Ruby (criança de 11 anos, surda), estão de partida para o Alaska, receberam uma má notícia. Matt  (marido de Yasmin e pai de Ruby), morreu numa explosão, na pequena aldeia onde estava hospedado a filmar  a vida selvagem do Ártico. Yasmin tem um pressentimento que Matt não morreu, havia outra mulher(há sempre :0) uma tal Corazon, que ele tinha conhecido na aldeia do Alaska. Yasmin quer ver com os seus próprios olhos quem é essa mulher, quer mostrar a todos que Matt está vivo.


Uma boa leitura, sem dúvida, bem estruturada e com algum suspense. As descrições das paisagens são fenomenais, tal como a explicação simples dos fenómenos das 3 luas e da aurora boreal. Quero salientar, que ao contrário das paisagens , a autora não descreve os personagens, o leitor só sabe que Yasmin é uma mulher lindíssima e elegante, Ruby é surda e frágil e assim por diante, descrições físicas  detalhadas não existem, e por sinal, não fazem falta. A história é contada por Ruby na 1º pessoa e pelo narrador. A narrativa tem um bom ritmo, mas perde um pouco quando a autora, alterna o presente com as cenas do passado de Yasmin  e  Matt, que por sinal também ( na minha opinião) não fazem lá grande falta, quebram o ritmo e a progressão da leitura. O fim também foi 'fraco' digamos, a autora podia ter escrito algo mais sofisticado. Ainda assim gostei bastante. 3.6 estrelas

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

King of Thorns

Jorg Ancrath, vingou a sua mãe e irmão, assassinou o seu tio Renar e tomou o castelo para si, auto-proclamou-se Rei. Este 2º livro começa com o casamento de Jorg, agora com 18 anos, mas o autor reconta o que aconteceu 4 anos antes, o que deixa o leitor um pouco confuso. Jorg é um mercenário assassino e violador,fez um pacto com as trevas e consegue derrotar exércitos, nada o detém, mata o que estiver pela frente, homens, mulheres e crianças.


Aqui está um livro que foge ao convencional, o 'Herói', é um violador assassino. A escrita é correta mas muito confusa. Não entendi, como esta distopia funciona, não entendi como algures no futuro, existem trolls, espectros e zombies. O mundo criado é o nosso, e não entendo como surgem estas criaturas ou como o mundo chegou ao que chegou. O autor não dá explicações e no decorrer da narrativa, vai acrescentando personagens que caem ali de para-quedas, deixando o leitor ainda mais confuso. Acrescento ainda o facto de Jorg  ter poderes mágicos, é por isso invencível, mais uma vez não é explicado ao leitor a origem destes poderes. Dá a impressão que o livro foi escrito aos soluços: ora agora acrescento isto, ora agora acrescento aquilo. A ação é única e totalmente preenchida com Jorg (o monstro), eu diria até OBSSESSIVA. Não há beleza neste livro leitores, é tudo negro e sombrio. O personagem principal, não tem qualquer sentimento por ninguém ou por nada, as ações dele são surreais. 2.5 estrelas pela escrita 

O Renascido

Hugh Glass  parte com alguns homens para uma expedição, todo o cuidado é pouco , pois o território tem várias tribos  de indios. Depois de terem acampado, Hugh ouve um ruído, um pisar de ramos secos, pensa que é um indio, mas engana-se, é uma ursa cinzenta que o ataca e o rasga todo, crânio incluido. Hugh conseque disparar um tiro, os homens vêm ver o que se passa e deparam-se com Hugh quase morto. A expedição não pode parar, dois homens voluntariam-se para ficar com Hugh, até este morrer, e o resto segue caminho. Hugh não morre, pelo que os dois 'voluntários' lhe tiram os pertences e fogem ao encontro dos outros, afirmando que Hugh morreu.

Mais uma história de indios e cowboys, tem uma boa narrativa, mas descritiva demais, tornando-se por vezes aborrecida. O que ao principio eu julguei ser uma história de vingança, não passou de um relato de sobrevivência de Hugh Glass (uma história verdadeira). O autor não concluiu a história, ou seja Hugh não se vingou e a história ficou um pouco 'à deriva'. No fim é explicado ao leitor alguns pormenores, pouco rigorosos da história verdadeira, o autor podia ter elaborado melhor a estrutura do livro, pois a conclusão e o ponto alto seria a tal vingança, que nunca aconteceu.3 estrelas

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Crown of Midnight

Celaena Sardothian, é a Campiã do Rei, ou seja, a assassina contratada. Neste 2º livro, é-lhe dada uma lista de pessoas a 'abater', e Celaena cumpre à regra ,entregando as cabeças dos alegados 'inimigos' do rei. Nas catatumbas do castelo de Vidro, a assassina encontra provas que lhe permitem descobrir o plano diabólico do rei. Mas o inesperado acontece, a princesa Nehemia é brutalmente assassinada e em seguida esquartejada. A partir daqui Celaena dá a conhecer quem realmente é...uma máquina de matar, um monstro, um ser do outro mundo, Celaena é invencível. Através do livro 'The walking Dead', a assassina sabe finalmente quem é, Dorian não assiste à sua transformação, mas Chaol vê o que Celaena é, quando atravessa o portal para o outro mundo. Tem medo por ela, elabora um plano, o rei aprova e Celeana vai ter de viajar até Wendlyn , executar os reis e anexar o território.

Neste 2º livro a autora explica o comportamento de Celaena no 1º livro, aqui ela deixa de ser a menininha bonita, para se tornar uma máquina mortífera e invencível. Uma história brutal e muito bem concebida. Não  há uma única página aborrecida, a trama desenvolve-se a um ritmo excelente e os twists sucedem-se. O mundo criado por Maas é excelente e original, a evolução de Celaena é brutal. 5 estrelas


Quando as Estrelas Caem

Tarver Merendsen  e Lilac LaRoux, estão a bordo da nave Ícaro. Ele um simples oficial ela uma menina rica. Acontece o quase impossível, a nave cai num planeta que está ali perto e os dois sobrevivem, e lá vem o tal romance do menino pobre que se apaixona pela menina rica, e vice-versa.

Posso dizer que este foi um dos piores livros que li em toda a minha vida. A escrita é tipo; matriz das oficinas de escrita, ou seja, originalidade e talento são inexistentes, é zero. A história é básica e desinteressante, o cenário escolhido foi uma nave espacial, mas poderia ter sido um castelo, uma casa, um ilha paradisíaca, que o resultado seria o mesmo. A autora não conseguiu dar credibilidade ao cenário futurista, pois os seus conhecimentos sobre alta tecnologia e outras matérias sobre o cosmos, são medíocres, ou para ser mais precisa, são nulos.  0 estrelas.

The Golem and the Jinni

Chava é uma mulher feita de barro, criada por um rabi (que navegava pelas teias do ocultismo) a pedido de um homem de negócios, que iria mudar-se para Nova York . Na viagem para o destino, o homem morre, ficando assim a mulher de barro, à deriva ,acabando por desembarcar sozinha em N. York.

Em N. York um artesão sirio, ao esfregar um frasco antigo, liberta um génio aprisionado por um feiticeiro beduíno. Depois o génio conhece o golem ....

Uma leitura muito aborrecida, uma escrita correta, mas que nada me disse. Fantasia urbana que não me convenceu. Se não fosse a descrição do aprisionamento do génio no frasco, esta leitura apelidada de fantástica, nada tinha de fantástico. É mais um romance de amor, desta vez entre uma judia e um árabe, sendo ambos duas personagens mitológicas. A história desenvolve-se num ritmo extremamente lento, e falta e tal elemento de suspense, que leva o leitor a querer passar a página, é tudo muito previsível e desinteressante, não há uma frase 'bonita' em todo o livro, uma frase original que nós leitores gostamos de apontar e referir. 2.5 estrelas só pela escrita.